Em abril de 2022, um dos primeiros meses de batalha, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de utilizar bombas de fósforo branco contra civis. Os russos negaram quaisquer ataques contra a população civil.
Nesta quarta-feira (18), o governo russo acusou os ucranianos de lançarem munições de fósforo branco a partir de drones em setembro de 2024 -- o que foi prontamente negado pela istração de Zelensky.
Apesar de não ser considerada uma arma química, o uso comprovado de tais artefatos contra civis poderia ser enquadrado como crime de guerra.
Convencionalmente, as mortes em guerra devem ser o menos indolor possível, inclusive para integrantes das Forças Armadas. No caso das bombas de fósforo branco, as consequências incluem queimaduras gravíssimas.
O fósforo branco é uma substância química que, em contato com o oxigênio, entra em combustão espontânea. Geralmente é utilizado em formato de bomba, envolvido em uma espécie de película, que explode quando atinge o solo.
Essa bomba, classificada como "arma incendiária", não é utilizada com o propósito de matar, mas causa uma explosão, seguida de fogo e fumaça. Costuma ser utilizada para iluminar regiões ou criar uma cortina de fumaça, permitindo recuo de tropas.
Apesar de não ter como objetivo principal causar ferimentos mortais, a bomba de fósforo branco pode ser letal. Em contato com o corpo humano, pode causar irritação dos olhos, tosse, queimaduras graves e falência dos órgãos.
O uso militar dessa arma não é proibido, já tendo sido utilizada em países como Afeganistão, Faixa de Gaza, Iêmen, Iraque, Síria e Somália.