As propostas de Kamala se baseiam em grande parte nas medidas econômicas de Joe Biden, retomando ou ampliando projetos temporários que os democratas aprovaram quando o partido controlava o Congresso.
Kamala está tentando vender uma série ampliada de propostas progressistas com uma mensagem mais voltada para o futuro – uma mensagem que promete fortalecer a classe média e enfrentar grandes empresas que, segundo ela, são responsáveis pelo aumento dos custos.
As novas propostas de Kamala exigiriam a aprovação do Congresso – e ela não especificou como pagaria a sua custosa lista de desejos, em um momento em que a dívida federal está aumentando rapidamente.
Veja as principais propostas econômicas de Kamala:
A democrata disse que o "objetivo definidor de sua presidência" seria construir o que ela chamou de "economia de oportunidade" para a classe média.
"Como presidente, meu foco será em criar oportunidades para a classe média que promovam a segurança econômica, estabilidade e dignidade. Juntos, vamos construir o que eu chamo de 'economia da oportunidade'".
Kamala explicou o termo, dizendo que é "uma economia onde todos podem competir e ter uma chance real de sucesso. Todos, independentemente de quem sejam ou de onde venham, têm a oportunidade de construir riqueza para si e para os seus filhos".
A agenda da vice-presidente inclui um plano econômico para cortar impostos para mais de 100 milhões de americanos de classe média e baixa renda.
Com a inflação e o custo de vida entre as principais preocupações dos eleitores, a equipe da democrata planejou os primeiros os da istração em políticas que tentem abordar essas preocupações diretamente.
Entre as propostas, está um plano para restaurar o crédito fiscal ampliado de US$ 3.600 (cerca de R$ 19 mil) por criança do American Rescue Plan, uma proposta que a Tax Foundation estimou custaria US$ 223 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) nos próximos 10 anos.
Esse plano proposto para pagar os créditos fiscais expandidos, aumenta a taxa de imposto sobre as empresas e indivíduos que ganham mais de US$ 400 mil (cerca de R$ 2 milhões).
Uma das políticas fundamentais de Kamala é ajudar a tornar a habitação mais ível.
O plano, que se baseia em propostas que o presidente Joe Biden já anunciou, promete:
Embora economistas e analistas de políticas tenham aplaudido alguns dos planos para ajudar os compradores, muitos temem que partes do projeto de Kamala exacerbem os problemas no mercado.
A proposta de assistência de pagamento antecipado e créditos fiscais poderiam potencialmente alimentar a demanda e preços mais altos, disse Lanhee Chen, diretor de estudos de política doméstica no Instituto Hoover na Universidade de Stanford.
Kamala também prometeu construir 3 milhões de casas íveis para a classe média até o final do primeiro mandato.
"Como presidente, vou trabalhar em parceria com a indústria para construir as casas que precisamos, tanto para alugar quanto comprar. Vamos derrubar barreiras e cortar a burocracia, inclusive nos níveis estadual e local", disse a vice-presidente.
Assim como Donald Trump, Kamala Harris quer atrair votos de trabalhadores de serviços e hospitalidade prometendo eliminar impostos sobre as gorjetas.
Kamala prometeu na semana ada acabar com os impostos de renda federais sobre gorjetas em um comício em Las Vegas. As gorjetas continuariam sujeitas a impostos sobre a folha de pagamento.
Mas a proposta ainda tem lacunas, que nem a vice americana e nem Trump esclareceram aos eleitores.
A inflação é a principal crítica de Donald Trump a istração Biden-Harris.
A vice-presidente, no entanto, tentou defender as políticas do governo democrata e destacou a força da economia dos Estados Unidos atualmente, dizendo que são as políticas do governo de Biden-Harris que recuperaram "uma das piores crises econômicas na história moderna".
"Então, nosso país percorreu um longo caminho desde que o presidente Biden e eu assumimos o cargo", disse Kamala.
Ao relembrar da pandemia da COVID-19, Kamala disse: "Estávamos enfrentando uma das piores crises econômicas da história moderna, e hoje em dia, por praticamente todas as medidas, nossa economia é a mais forte do mundo".
A vice-presidente Kamala Harris disse que aprovaria a primeira proibição federal de preços abusivos no setor de alimentos se for eleita presidente.
"Como presidente, eu vou assumir os altos custos que mais importam para a maioria dos americanos, como o preço dos alimentos", disse Kamala.
"Todos sabemos que os preços subiram durante a pandemia, quando as cadeias de suprimentos se desligaram e falharam. Mas nossas cadeias de suprimentos melhoraram e os preços ainda são muito altos", destacou Kamala.
A vice-presidente apontou para o custo de itens como pão e carne moída. Ela afirmou que os grandes fabricantes de alimentos estão vendo seus lucros subirem, mas há algumas cadeias de supermercados que não aram as economias para os clientes.
Harris disse que iria tomar medidas contra aqueles que não estão "jogando pelas regras".
Com informações da CNN