Segundo a analista de Internacional da CNN Fernanda Magnotta, esse volume expressivo de doações é apenas um dos indicadores da recuperação de fôlego dos democratas. "Vários são os possíveis termômetros para mostrar como houve essa recuperação", afirmou Magnotta, destacando também o aumento significativo no número de voluntários dispostos a trabalhar na campanha.
A escolha de Tim Walz como vice não apenas manteve os números de Biden nas pesquisas, mas em alguns casos chegou a ultraar Donald Trump pela primeira vez. Magnotta ressalta que Walz não se limitará apenas a conquistar votos: "Ele é um vice que vai para o ataque, ele vai fazer o papel do policial mau para a chapa adversária".
A campanha de Harris adotou uma abordagem mais agressiva, referindo-se à chapa Trump-Pence como "os Esquisitões", uma expressão que, segundo Magnotta, "colou nos Estados Unidos". Enquanto isso, a campanha republicana parece estar tendo dificuldades em direcionar seus ataques, recorrendo principalmente a argumentos de política identitária e ideológica.
A chapa Harris-Walz já iniciou uma série de compromissos de campanha, com foco em estados cruciais como Pensilvânia e Wisconsin, conhecidos como estados-pêndulos ("swing states"). Esses estados são considerados decisivos para o resultado final da eleição presidencial.
O entusiasmo gerado pela escolha de Walz e o sucesso na arrecadação de fundos podem ser fundamentais para mobilizar eleitores em uma eleição onde levar as pessoas às urnas é visto como um desafio crucial para ambos os candidatos.