Em uma carta datada de 1º de maio e enviada ao inspetor-geral interino do Departamento de Defesa dos EUA, vista pela Reuters, o grupo solicitou uma investigação sobre a origem do processo de aquisição, citando preocupações com o envolvimento da SpaceX, empresa de Musk.
A iniciativa dos parlamentares ocorre após uma reportagem da Reuters revelar que a SpaceX, juntamente com a Palantir e a Anduril, despontaram como principais candidatas para vencer uma parte crucial do projeto Domo de Ouro, que visa construir uma rede de satélites para detectar e rastrear mísseis próximos. A reportagem também destacou os laços entre Musk e o governo Trump, com Musk atuando como conselheiro especial do presidente e tendo doado mais de US$250 milhões para ajudá-lo a se eleger.
"Este é um relato profundamente preocupante", escreveram os parlamentares na carta. "Tudo isso levanta dúvidas sobre se os contratos de defesa para construir o Domo de Ouro são realmente uma forma eficaz de proteger os americanos ou apenas um meio de enriquecer o Sr. Musk e outras elites."
O grupo também expressou preocupação com a possibilidade de um "serviço de " proposto pela SpaceX, que permitiria à empresa contornar os protocolos tradicionais de aquisição do Pentágono e limitar o controle do governo sobre o desenvolvimento e a precificação do sistema.
"Um modelo de também daria ao Sr. Musk uma influência contínua e inaceitável sobre a segurança nacional dos Estados Unidos", escreveram.
A SpaceX, da qual Musk é presidente-executivo, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre a carta. Também não respondeu às perguntas sobre seu papel no projeto Domo de Ouro na reportagem anterior da Reuters. Após a publicação, Musk respondeu a uma postagem sobre o assunto em sua rede social X dizendo "isso não é verdade", sem entrar em detalhes.
O Pentágono também não respondeu de imediato a um pedido de comentário sobre a carta. Na matéria original da Reuters, o Pentágono afirmou que apresentará "opções ao presidente para sua decisão, em conformidade com a ordem executiva e em alinhamento com a orientação e os prazos da Casa Branca".
A Reuters também pediu comentários para a Palantir e a Anduril, que não responderam imediatamente.