O caso, que foi levado a julgamento em 12 de junho de 2023, tem três réus: Sabag Montiel e Uliarte, acusados de serem “coautores de tentativa de homicídio duplamente qualificada por traição e participação premeditada de duas ou mais pessoas, agravada pelo uso de armas de fogo”, conforme consta da acusação formal, e Carrizo, um terceiro detido, identificado como participante secundário.
Durante a primeira audiência do julgamento realizada em 26 de junho, Sabag Montiel itiu a sua intenção de ass o ex-presidente e esclareceu o papel da sua namorada, Uliarte, na tentativa de assassinato. “Eu queria matá-la e ela (Uliarte) queria que ela morresse, ela queria ser mais espectadora do momento do que participante”, declarou o arguido.
Na segunda audiência do julgamento, realizada no dia 3 de julho, Uliarte começou a depor, mas após alguns questionamentos o tribunal pediu a suspensão do depoimento.
A CNN entrou em contato com o advogado de Brenda Uliarte, Alejandro Cipolla, que detalhou o ocorrido na audiência. A defesa disse que Brenda foi “errática” durante seu depoimento e que “ela não foi localizada no tempo e no espaço, por isso o tribunal decide suspender o depoimento”. “Atualmente, Brenda está recebendo tratamento psiquiátrico do serviço penitenciário e há dificuldade de comunicação com ela”, explica Cipolla.
Questionado sobre como sua cliente se declara em resposta às acusações feitas pela Justiça, Cipolla lembra que a acusada negou sua participação no ocorrido. “Nas primeiras vezes que fui vê-la, ela me disse que não tinha nada a ver com isso”, acrescenta o advogado.
Nesse mesmo dia, Carrizo desabou ao prestar depoimento e pediu desculpas à ex-presidente. Durante seu depoimento, ele negou estar envolvido com a tentativa de assassinato contra a ex-presidente. “Você fala online sobre quem quer que seja, mas não pensei que acabaria envolvido nisso”, declarou.
Agora é a vez de Cristina Kirchner. A ex-presidente exige que seja investigada a suposta autoria intelectual de sua tentativa de assassinato. “É evidente que temos um julgamento contra a pessoa que teve a responsabilidade que foi vista na televisão, ou seja, o agressor, e as pessoas que o cercaram; mas ainda estamos confusos sobre o que o motivou e quem o financiou”, disse ele. disse um dos advogados da ex-presidente, José Manuel Ubeira, à Rádio Continental.
Nesse sentido, foi a própria ex-presidente quem se referiu ao aprofundamento dessa linha de investigação durante sua argumentação em outro julgamento realizado por associação ilícita e fraude contra o Estado, pelo qual foi condenada a seis anos de prisão. Porém, como a sentença ainda não é definitiva, a ex-presidente continua em liberdade.
“É muito claro para mim que ninguém pode pensar que aquela gangue planejou e idealizou a autoria intelectual do que fizeram comigo”, disse Kirchner.
A CNN está tentando entrar em contato com o advogado de Kirchner para saber mais detalhes sobre o depoimento desta quarta-feira.
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