O Tribunal Constitucional deve decidir nos próximos dias se deve destituir Yoon em um caso que desencadeou a pior crise política da Coreia do Sul em décadas e abalou os mercados.

No centro de Seul, manifestantes anti-Yoon encheram uma grande praça, gritando por sua remoção imediata, e foram acompanhados por políticos da oposição.

A poucos quarteirões de distância, apoiadores conservadores de Yoon lotaram uma avenida inteira, pedindo seu retorno e agitando bandeiras sul-coreanas e americanas.

O principal partido de oposição, o Partido Democrata, comentou que um milhão de pessoas compareceram ao protesto anti-Yoon, enquanto a polícia estimou o número em cada manifestação em 43 mil, informou a agência de notícias Yonhap.

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Yoon também está sendo julgado por uma acusação criminal de insurreição, embora tenha sido libertado da detenção na semana ada.

A imposição da lei marcial e suas consequências ampliaram profundas fissuras sociais entre conservadores e liberais e pressionaram instituições e militares, que se encontravam em um dilema sobre se deveriam aplicar a lei marcial.

Manifestantes pró e anti-Yoon têm saído às ruas às centenas de milhares, semana após semana, desde a crise.

"Na semana ada, pensei que o Tribunal Constitucional decidiria, mas não decidiu. Então Yoon foi solto, o que me deixou incrivelmente frustrado", disse Song Young-sun, um manifestante de 48 anos. "Então, esta semana, vim aqui, esperando que o Tribunal Constitucional decida sobre o caso de impeachment na próxima semana."

Em uma pesquisa da Gallup Korea publicada na sexta-feira, 58% apoiaram o impeachment de Yoon, enquanto 37% se opam.

"Espero que os juízes do Tribunal Constitucional façam um julgamento preciso e rejeitem o caso", comentou Kim Hyung-joon, um manifestante pró-Yoon de 70 anos.

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