Essa quantidade é superior ao número fornecido anteriormente por autoridades dos EUA.
"Está claro que os líderes militares russos e norte-coreanos estão tratando essas tropas como dispensáveis e ordenando-as em ataques sem esperança contra as defesas ucranianas", alegou Kirby, classificando a ofensiva das tropas norte-coreanas como "ataques em massa e desmontados".
A missão da Coreia do Norte na ONU não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, e a missão da Rússia na ONU se recusou a falar sobre o assunto.
Kirby afirmou que o presidente Joe Biden provavelmente aprovará outro pacote de assistência para a Ucrânia nos próximos dias.
No início desta semana, Biden condenou os ataques da Rússia ao sistema de energia da Ucrânia feitos no dia de Natal e pediu ao Departamento de Defesa que continue o envio de armas.
Em 17 de dezembro, um oficial militar dos EUA pontuou que a Coreia do Norte sofreu várias centenas de baixas enquanto lutava contra as forças ucranianas na região de Kursk, na Rússia.
Questionado sobre quais eram as patentes das baixas norte-coreanas, o oficial militar, falando sob condição de anonimato, disse que eram de tropas de nível inferior até "muito perto do topo".
Na segunda-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou que mais de 3 mil soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos na região de Kursk, na Rússia. Ele ressaltou que estava citando dados preliminares.
A Reuters não conseguiu verificar de forma independente os relatos de perdas em combate.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin.
Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente - e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.