"O aprofundamento da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte é uma ameaça à segurança do Indo-Pacífico e do Euro-Atlântico", disse Rutte aos repórteres, depois que autoridades e diplomatas da Otan receberam informações de uma delegação sul-coreana.

As forças ucranianas realizaram uma grande incursão em Kursk em agosto e permanecem na região.

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Rutte disse que o destacamento norte-coreano representou "uma escalada significativa" do envolvimento de Pyongyang na "guerra ilegal da Rússia" na Ucrânia, uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e uma "expansão perigosa" da guerra.

Rutte afirmou que o envio de tropas norte-coreanas é um sinal de "desespero crescente" por parte do presidente russo, Vladimir Putin.

"Mais de 600.000 soldados russos foram mortos ou feridos na guerra de Putin e ele não consegue sustentar seu ataque à Ucrânia sem apoio estrangeiro", disse Rutte.

O Kremlin descartou os relatos sobre o envio de tropas norte-coreanas como "notícias falsas". Mas Putin, na quinta-feira (24), não negou que soldados norte-coreanos estivessem atualmente na Rússia e disse que era assunto de Moscou como implementar um tratado de parceria com Pyongyang.

Um representante norte-coreano nas Nações Unidas, em Nova York, chamou os relatos de "rumores infundados".

O principal funcionário presidencial da Ucrânia disse nesta segunda-feira que sanções não seriam uma resposta suficiente ao envolvimento norte-coreano na guerra e pediu mais suprimentos de armas ocidentais para Kiev.

"As tropas norte-coreanas já estão na região de Kursk... Isso é uma escalada. As sanções por si só não são suficientes. Precisamos de armas e de um plano claro para impedir o envolvimento ampliado da Coreia do Norte na guerra na Europa", disse Andriy Yermak, chefe de gabinete do presidente, no X.

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