Autoridades que investigam o acidente aéreo mais mortal do país em quase três décadas esperavam que as informações das chamadas caixas-pretas esclarecessem o motivo da tragédia, que aconteceu no dia 29 de dezembro.
O desastre matou 179 ageiros e tripulantes. Duas pessoas sobreviveram.
O Ministério dos Transportes da Coreia do Sul disse no sábado (11) que tanto o gravador de voz da cabine (CVR) quanto o gravador de dados de voo (FDR) do Boeing 737-800 pararam de funcionar cerca de quatro minutos antes do acidente.
Em um comunicado, o ministério disse que não estava claro por que os dispositivos pararam de gravar, acrescentando que trabalhará para determinar a causa.
“Os dados do CVR e do FDR são dados importantes para investigações de acidentes, mas os trabalhos são conduzidos por meio de investigação e análise de vários dados, então planejamos fazer o nosso melhor para identificar com precisão a causa do acidente”, disse o ministério.
O gravador de voz da cabine foi primeiro analisado localmente e depois enviado aos Estados Unidos para verificação cruzada, disse o ministério.
O gravador de dados de voo, que estava danificado e sem um conector, foi enviado ao Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA na semana ada para análise, depois que autoridades sul-coreanas concluíram que não poderiam extrair dados do dispositivo devido aos danos.
A CNN entrou em contato com o NTSB para comentar.
O acidente foi o mais mortal no país desde 1997, quando um Boeing 747 da Korean Air Lines caiu na selva de Guam, causando a perda de 228 vidas.
Ainda não está claro o que causou isso, e a investigação deve levar meses.
Imagens do acidente mostraram que nem o trem de pouso dianteiro nem o traseiro estavam visíveis no momento do pouso forçado.
Antes do pouso de emergência, o piloto fez um pedido de socorro e usou os termos "colisão com pássaros" e "arredondamento", de acordo com as autoridades, que também disseram que a torre de controle havia alertado o piloto sobre pássaros na área.
Outro ponto de discórdia foi o aterro de concreto que o avião atingiu ao pousar. Muitos aeroportos não têm estruturas semelhantes tão perto das pistas, de acordo com especialistas em aviação.
A polícia sul-coreana também invadiu o escritório da Jeju Air em Seul e a operadora do Aeroporto Internacional de Muan na semana ada como parte de sua investigação, informou a Reuters.
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