O vice-presidente da CBF foi nomeado interventor da entidade após decisão do TJ-RJ, que afastou o atual presidente Ednaldo Rodrigues da função. A decisão da Justiça foi motivada por uma suposta falsificação da do Coronel Nunes, um dos vice-presidentes da entidade, em um documento que, na prática, mantinha Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF.
Além de assumir a entidade, Sarney deve convocar eleições "o mais rápido possível" pela decisão do TJ-RJ.
Fernando Sarney foi escolhido para ocupar o cargo por ser o mais antigo da instituição, levando em conta que a Justiça anulou a eleição de Ednaldo e, portanto, os vice-presidentes eleitos com ela. Caso o critério fosse simplesmente o mais velho, quem assumiria a presidência seria Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro.
Fernando Sarney, de 70 anos, é filho do ex-presidente da república José Sarney, e irmão de Roseana Sarney (MDB-MA), deputada federal pelo Maranhão, e de José Sarney Filho (PV-MA), Secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal.
O empresário está na CBF desde 1998, quando ocupou primeiramente o cargo de diretor de relações governamentais durante o mandato de Ricardo Teixeira. Sarney se manteve em todas as próximas istrações.
Em 2015, virou membro do Comitê Executivo da Fifa por indicação de Marco Polo Del Nero. Ficou no cargo até março de 2023, quando Ednaldo Rodrigues assumiu a cadeira por indicação da Conmebol.
Vice-presidente da atual gestão de Ednaldo, Sarney rompeu com o mandatário e ou a fazer parte da oposição, sem figurar no quadro de vice-presidentes da chapa de Ednaldo, reeleito em março deste ano por aclamação.
No início do mês de maio, Sarney pediu que a homologação do acordo que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF fosse suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), mas o pedido foi negado.