A decisão da Justiça foi motivada por uma suposta falsificação da do Coronel Nunes, um dos vice-presidentes da entidade, em um documento que, na prática, mantinha Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. Esse documento encerrou a ação que questionava o processo da eleição de Ednaldo para o comando da confederação. Se comprovada a falsificação da , a eleição de Ednaldo se tornaria inválida.
A decisão foi publicada pela 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O responsável é o desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro, presidente da comissão, que atendeu o pedido do vice-presidente, Fernando Sarney.
O vice-presidente, inclusive, foi nomeado interventor pelo TJ-RJ e deve convocar eleições “o mais rápido possível”.
O caso mais emblemático é o de Ricardo Teixeira. O cartola ficou mais de 20 anos à frente da confederação, viu o Brasil conquistar duas Copas (1994 e 2002), mas seu legado ficou marcado por escândalos.
Em 2019, Teixeira foi banido pela Fifa em caso de suborno. Segundo a entidade máxima do futebol, o brasileiro recebeu quase 8 milhões de dólares em propinas por contratos de competições.
Com a saída de Teixeira em 2012, José Maria Marin assumiu o cargo, mas também teve seu nome envolvido em corrupção. Ele chegou a ser preso em 2015 pelo FBI na Suíça, no caso que ficou conhecido como “Fifagate”.
Outro presidente que teve o nome ligado ao caso de corrupção na Fifa e banido das atividades do esporte foi Marco Polo Del Nero. O dirigente comandou o futebol brasileiro entre 2015 e 2017.
A CBF nasceu em 1979 após seguir as normas da Fifa, que exigiu que todas as federações filiadas fossem voltadas exclusivamente para o futebol.
Antes, o futebol brasileiro era liderado pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que nasceu em junho de 1914.