Bahia e Internacional se enfrentaram na Libertadores de 1989 • Foto: Cortesia/ Revista Placar
Bahia e Internacional irão se enfrentar na fase de grupos da Copa Libertadores da América 2025.
Os clubes brasileiros foram sorteados no Grupo F, ao lado de Nacional-URU e Atlético Nacional-COL.
Não é a primeira vez que os times duelam na competição continental. Esquadrão e Colorado fizeram quatro jogos na edição de 1989.
Na Libertadores de 1989, o Bahia chegou como atual campeão brasileiro e era um dos favoritos ao título do torneio.
O Esquadrão estava no grupo 2 com Internacional, Depórtivo Táchira e Marítimo, ambos da Venezuela.
Na fase de grupos, o clube baiano derrotou o Colorado duas vezes.
No Beira-Rio, o Bahia venceu por 2 a 1, gols de Gil e Zé Carlos. Já na antiga Fonte Nova, Charles garantiu a vitória.
😍 Taça Libertadores. 1989.
Não nos deixaram chegar ainda mais longe... Quem sabe agora? #JuntosVoltaremos pic.twitter.com/Ga9Uy7zOP3
— Esporte Clube Bahia (@ecbahia) November 23, 2017
Bahia e Internacional voltaram a se encontrar nas quartas de final da Copa Libertadores de 1989. Desta vez, o Colorado levou a melhor.
No jogo de ida, o time gaúcho venceu por 1 a 0 no estádio Beira-Rio, gol do uruguaio Diego Aguirre.
Na partida de volta, com muita chuva na Fonte Nova, a partida acabou sem gols, classificando o Inter.
Em entrevista exclusiva à CNN, o técnico Renê Simões, comandante do Bahia na época, relembrou a eliminação.
"Chovia muito na Bahia, muito. Caiu o mundo. Eu lamento muito que o Arnaldo Cezar Coelho tenha dado jogo. Eu fui ao campo com ele, ele jogava a bola e a bola não rolava. Eu dizia: ‘Arnaldo, não dá para jogar. Não dá. É impossível, isso não vai ser jogo, vai ser polo aquático'", relembra Simões à CNN.
Antes do confronto, em meio ao temporal, o treinador — que anos depois comandaria a Seleção Brasileira Feminina, Botafogo, Fluminense e o rival Vitória, entre outros — chegou a conversar com o então presidente do Bahia, Paulo Maracajá, pedindo que ele fizesse algo para que a partida não acontecesse.
A situação, segundo ele, também deixou os atletas do Tricolor revoltados: "Aquilo deixou eles muito aborrecidos. Não teve jogo".
"O nosso time era mais leve e mais técnico do que o do Internacional. O Internacional era acostumado a jogar em campos pesadíssimos, essa é uma realidade do Sul, não era o nosso caso. E aí o jogo foi completamente eles tirando (a bola). Estavam com 1 a 0, e a gente tinha que fazer gol", acrescentou.
Mesmo com o campo encharcado e as dificuldades para jogar, a torcida do Bahia empurrava o time, que seguiu tentando marcar. Em uma das oportunidades, o centroavante Charles perdeu um gol que poderia ter mudado o destino do time.
"Numa dessas o Charles consegue se livrar do Taffarel e tocar para dentro do gol. Só que ele tocou rasteiro, né? Essa bola parou quase em cima da linha do gol. Ela não entrou."
No fim, o jogo terminou 0 a 0, e o Bahia deu adeus ao sonho do título continental.