A filha do ídolo argentino, que morreu aos 60 anos enquanto estava em internação domiciliar, criticou a condução dos médicos que cuidavam de seu pai nos últimos dias de vida do ex-jogador.
"A proposta era uma internação domiciar séria, mas isso nunca foi cumprido. Eu escolhi acreditar em [Leopoldo] Luque, [Agustina] Cosachov e [Carlos Ángel] Díaz, que vinham cuidando do meu pai", disse Gianinna, que chegou a chorar durante o depoimento.
"Foi uma obra de teatro que eles montaram para continuar com o que buscavam, que era manter meu pai em um lugar escuro, feio, e sozinho."
Gianinna — que compareceu ao tribunal acompanhada de seu filho Benjamín, de sua irmã Dalma e de sua mãe Claudia — afirmou que, após a morte de Diego Maradona, sentiu "vontade de morrer" e precisou buscar ajuda psiquiátrica.
A filha do campeão do mundo em 1986 viu seu pai com vida pela última vez em 18 de novembro de 2020, uma semana antes de seu falecimento.
"Meu pai estava na cama sem poder se levantar, muito inchado, seus olhos, suas mãos. Fiquei com ele na cama, pedia que se levantasse, que viesse até a cozinha comigo, mas ele não tinha vontade de fazer nada. Não conseguia ver seus olhos de tão inchados que estavam", afirmou Gianinna.
Além do neurocirurgião Leopoldo Luque, que operou Maradona pouco antes da morte do astro, são acusados por “homicídio simples com intenção eventual” ou “homicídio por negligência”: a psiquiatra Agustina Cosachov; o psicólogo Carlos Ángel Díaz; a médica Nancy Edith Forlini; o enfermeiro Ricardo Almirón; o enfermeiro-chefe Mariano Ariel Perroni e o médico Pedro Pablo Di Spagna.
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