A principal derrota da atual gestão foi a reprovação das contas do ano de 2024. Após recomendações de reprovação do CF (3 a 0) e do CORI (16 a 1), o CD decidiu por ampla maioria - 130 a 73 - a não aceitação dos números apresentados pela diretoria de Augusto Melo em seu primeiro ano de mandato.
Ainda assim, Augusto Melo e sua diretoria acreditam que existe um movimento "orquestrado" para que seja destituído da presidência. Vale lembrar, porém, que o presidente conseguiu eleger a ampla maioria de aliados dentro dos órgãos fiscalizadores do Timão, mas, em pouco mais de um ano a frente do clube, perdeu esse apoio.
Outro ponto que joga contra o presidente é o fim do apoio da principal organizada, Gaviões da Fiel, que publicou nota oficial dizendo que "diante do cenário crítico atual, o Gaviões da Fiel não irá se opor a nenhuma reunião que paute a proposta de impeachment do atual presidente".
Pela primeira vez desde a eleição de Augusto, a organizada deixou de ser base de apoio do presidente. Essas são as principais justificativas:
Ainda de acordo com nota oficial, a torcida fez uma série de requerimentos para o presidente, como:
Até aqui, foram protocolados quatro pedidos diretos pela destitução de Augusto Melo.
O primeiro foi em relação a VaideBet, que segue em curso e será retomado após o inquérito policial que investiga o presidente. O segundo é relacionado à falta de informações sobre pendências financeiras do Timão.
Na última segunda (5), Paulo Roberto Bastos, conselheiro, pediu o terceiro por conta da reprovação das contas do primeiro ano da atual gestão.
O quarto foi o pedido feito pela Comissão de Justiça do Corinthians na última terça-feira (7).
O principal ponto que motiva a preocupação em relação a gestão de Augusto Melo é a financeira.
Enquanto o presidente e seus diretores acreditam que "herdaram" R$ 191 milhões da gestão de Duilio Monteiro Alves e que, por isso, é preciso reabrir o balanço de 2023, inserir o novo valor e revotar as contas do ex-presidentes, outros membros discordam e acreditam que apenas levaria prejuízo à imagem do Corinthians.
Inclusive, os números apresentados pela gestão e pelo Conselho de Orientação divergem bastante. A diretoria acredita que o ivo aumentou R$ 599 milhões, sendo R$ 191 milhões responsabilidade da gestão de Duilio, enquanto o CORI coloca o ivo do primeiro ano da gestão em R$ 829 milhões.