Esses marcos e curiosidades fazem parte dos momentos mais memoráveis que a seleção argentina teve em Copas do Mundo. Confira nove partidas históricas da Argentina agora que venceram no Catar:
A Argentina fechou o primeiro tempo da final da Copa do Mundo de 2022 no Catar com uma vantagem de 2 a 0, com gols de Lionel Messi (pênalti) e Ángel di María. Mas aos minutos 80 e 81, Kylian Mbappé empatou. Ninguém podia acreditar.
O jogo foi para a prorrogação e aos 108 minutos Messi fez o terceiro para os argentinos, com muita angústia, e tudo voltou à glória. Mas aos 119 Mbappé marcou outro pênalti e nada mudou: empate em 3 a 3 e pênaltis.
Nas cobranças finais, Mbappé e Muani marcaram para os ses. Dibu Martínez parou o ataque de Coman e Tchouaméni errou o remate.
Messi, Dybala, Paredes e Montiel marcaram para a Argentina. 4 a 2 e Argentina tricampeã.
Messi conseguiu o título que faltava, o mais importante e se firmou como o melhor da história para muitos. Ele quebrou recordes de gols, assistências e participações. Ele foi o melhor jogador do Catar 2022, a Bola de Ouro da Copa do Mundo.
A Argentina conseguiu vencer sua primeira Copa do Mundo na Copa do Mundo de 1978, após vencer a Holanda por 3 a 1 em uma partida disputada que foi decidida na prorrogação.
Fê-lo também perante o seu público e graças aos gols de Mario Kempes, mas também foi uma vitória alimentada "pelo fervor dos seus adeptos, cuja chuva de papeis azuis e brancos --- que rodou em Buenos Aires e os estádios de Rosário --- deixou imagens que entraram para a história", diz a FIFA.
Em 22 de junho de 1986, Diego Maradona realizou um dos feitos mais históricos da história do futebol argentino. Foi nas quartas de final da Copa do Mundo de 1986, no México, contra a Inglaterra e com lembranças frescas da guerra das Malvinas.
O argentino colocou a alviceleste na frente no placar com um gol irrepetível que mais tarde ficou conhecido mundialmente como o "gol do século", considerado o melhor dos Mundiais do século XX, segundo levantamento da FIFA.
Foi o segundo gol, o da vitória, "a mão de Deus", que marcou — confirmou-se depois — com a mão.
A travessia das quartas de final da Copa do Mundo de 1986 foi o primeiro confronto entre Argentina e Inglaterra após a guerra das Malvinas, 4 anos antes.
Era a Copa do Mundo de Maradona, e aquela partida memorável contra a Inglaterra foi a demonstração do esplendor de Maradona, com sua genialidade e travessuras.
A Argentina consagrou-se campeã mundial em 1986. Faltavam seis minutos para o final do jogo Argentina x Argentina.
Alemanha Ocidental, quando Maradona mostrou sua genialidade e deu um e perfeito para Jorge Burruchaga, que marcou de primeira dando a vitória alviceleste, conforme descrito pela FIFA. A vitória por 3 a 2 deu à Argentina seu segundo título mundial.
A semifinal da Copa do Mundo de 1990 contra a Itália foi disputada em Nápoles, onde Maradona já era uma lenda.
O placar final foi decidido nos pênaltis, após empate em 1 a 1, com gols do italiano Salvatore Schillaci e do atacante argentino Claudio Caniggia.
Eles estavam 3 a 3 nos pênaltis quando Sergio Goycochea, o goleiro argentino, defendeu o chute e deu a liderança ao seu time. Depois veio Maradona para fazer o quarto gol foi a vez do italiano Aldo Serena, bola que Goycochea defendeu e deu a classificação à Argentina na final.
Contra a Sérvia, na cidade alemã de Gelsenkirchen, Leo Messi "saltou para o campo, e aos 75 minutos conseguiu marcar um gol e dar uma assistência para fechar a vitória da Argentina por 6 a 0", lembra uma notícia no site da seleção sérvia.
Foi a Copa do Mundo de 2006 na Alemanha e a primeira de Messi com a seleção argentina que naquele ano chegou às quartas de final, fase em que perdeu para os donos da casa nos pênaltis.
Foi uma partida das oitavas de final entre Argentina e México durante a Copa do Mundo na Alemanha de 2006.
A partida continuou depois de um empate em 1 a 1 e alguns minutos do primeiro tempo extra do meio-campo Messi desviou dos mexicanos, ou a bola para Sorín e Maxi Rodríguez, que "acertou um chute impressionante de pé esquerdo" que não só colocou a Argentina nas quartas de final como também marcou um dos gols mais gritados pela torcida argentina em uma Copa do Mundo, segundo a FIFA.
“Aquele gol não mudou quem eu era, mas marcou minha carreira. Eles me lembram para onde vou!”, disse Maxi Rodríguez em entrevista à FIFA, em que recordou os segundos que lhe renderam o prêmio de Melhor do Torneio, reconhecimento concedido pela primeira vez naquela edição.
“Sorín recebe pela esquerda, eu pego pela direita e peço em voz alta. O Juampi não era de mudar de frente, mas parece que cansei ele... E ficou perfeito!".
“Ao vê-la chegando, decido abaixá-la com o peito à direita, a perna hábil. Mas aí notei que tinha um zagueiro, então só abaixei e bati com o pé esquerdo. Eu vi todo o caminho. Quando ele caiu atrás do goleiro, eu enlouqueci!”, lembrou o argentino.
Depois do que aconteceu na Copa do Mundo de 1990 na Itália, demorou 24 anos para a Argentina disputar novamente a final da Copa do Mundo. Para isso, precisou vencer a Holanda nos pênaltis nas semifinais do Brasileirão 2014, em partida que ficou marcada pelas façanhas de Sergio Romero, que defendeu dois chutes e foi elogiado na época pelos comentaristas da televisão pública argentina.
A partida das quartas de final entre Inglaterra e Argentina na Copa do Mundo de 1966 tinha pouco mais de 30 minutos quando o árbitro alemão Rudolf Kreitlein expulsou o capitão da seleção argentina, Antonio Ubaldo Rattín.
O jogador do Boca Juniors protestou contra as faltas que Kreitlein havia apontado durante a partida, mas nenhum dos dois entendeu o que o outro dizia. A discussão atrasou o jogo por quase dez minutos, até Rattin chegou a pedir um tradutor, mas acabou expulso.
O escândalo desencadeado pela expulsão de Rattín obrigou a FIFA a avaliar novas formas de comunicar advertências e expulsões durante o jogo, sem a necessidade de sinais ou encontros verbais.
Ken Aston, então membro do comitê de arbitragem da Fifa, pensou ao parar em um semáforo em Londres que o uso de cartões vermelhos e amarelos poderia resolver o problema. A FIFA adotou esse sistema na seguinte Copa do Mundo de 1970 no México.
Aquele mítico 5 a 0 no Monumental de Buenos Aires em 1993: a goleada que a Colômbia deu à Argentina em casa.
Não foi uma partida de Copa do Mundo, mas nenhum argentino poderá esquecê-la, e certamente nenhum colombiano. A FIFA descreve bem o resultado desta partida: "Não havia nada que sugerisse tal resultado."
O fato de a seleção argentina ter sido derrotada em seu país e por um time com menos tradição futebolística intrigou moradores e estrangeiros.
*Com informações de Sebastián Jiménez, Rocío Muñoz-Ledo, Euan McKirdy e Maximiliano Cordaro
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