Baseada no romance distópico da autora Margaret Atwood, a série foi marcada por sua narrativa intensa e seu impacto social, ao dar ênfase a debates sobre igualdade de gênero, controle do corpo feminino e retrocessos democráticos.

Em entrevistas exclusivas à CNN, membros do elenco e equipe da série refletem sobre o significado da produção nos dias de hoje — e o que esperam que o público leve consigo após cada episódio.

Intérprete de June Osborne, protagonista da obra, Elisabeth Moss disse que a beleza da série está em que ela pode significar muitas coisas para as pessoas.

"Eu acho que há uma lição de nunca desistir e acho que isso pode significar tantas coisas diferentes para pessoas diferentes. Obviamente há uma mensagem política maior conectada à série, mas espero que haja alguma inspiração ou coragem dada às pessoas no dia a dia", disse. "Talvez algum adolescente que queira ser quem é na escola, ou uma mãe que esteja lutando para fazer a coisa certa para seu filho, ou alguém que esteja tentando se reconectar com alguém que ama e que perdeu, ou até mesmo alguém que esteja lidando com a perda de alguém que ama", exemplificou.

"Acho que, para mim, há um panorama político maior por trás da série, mas, na maioria das vezes, eu a encaro de uma forma mais pessoal, e espero que as pessoas assistam e, independentemente da sua condição social, encontrem inspiração, um pouco de coragem, garra e a audácia típica de June em seus dias", concluiu.

Erich Tuchman, roteirista da série, compartilhou de sentimento parecido com Moss.

"Acho que a principal lição de 'The Handmaid's Tale' é nunca desistir, continuar lutando pela sua liberdade, pelos seus direitos. Nesta temporada, especialmente, exploramos a coragem, a resiliência e a determinação que June e todas as pessoas oprimidas por Gilead têm para finalmente derrubar o sistema. Esta é a temporada da revolução, da rebelião", pontuou.

"Há uma lição sobre manter a esperança, especialmente fracasso após fracasso, durante toda a série. June sendo levada de volta a Gilead, sabe, ser capaz de manter a esperança, seja na série ou na vida em nosso país, globalmente, espero que seja isso que as pessoas possam tirar desta série", declarou Samira Wiley, quem dá vida a Moira na produção.

Bradley Whitford, ator que interpreta o Comandante Lawrence, destaca o lado político: "Eu acho que a série infelizmente é muito presente agora, especialmente neste país onde há um aumento no que eu chamaria de nacionalismo cristão branco e misoginia, sem mencionar o racismo. O que eu espero que as pessoas tirem disso é basicamente que o cerne do heroísmo da personagem que Lizzie interpreta, June, é o desespero, um luxo que nossos filhos não podem se dar, e a ação é o antídoto para o desespero nas experiências mais extraordinárias".

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