Publicado pela agência de notícias italiana ANSA, o comunicado afirma que a produção “não se preocupou em consultar os herdeiros antes de descrever Aldo Gucci e os membros da família como bandidos, ignorantes e insensíveis ao mundo ao seu redor."

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Lançado no Brasil na última quinta-feira (25), o filme é baseado na história de Patrizia Reggiani, ex-mulher de Maurizio Gucci, ex-diretor e herdeiro da grife. Os dois aram por um divórcio turbulento que culminou na morte de Maurizio em 1992.

Alguns anos depois, a socialite foi condenada a 30 anos de prisão, considerada culpada como mandante do assassinato do ex-marido.

Na nota, a família Gucci se diz especialmente perturbada pela maneira como o filme construiu a personagem de Patrizia Reggiani.

Os herdeiros apontam “os tons indulgentes para com uma mulher que, efetivamente condenada por ter facilitado o assassinato de Maurizio Gucci, é retratada não só no filme, mas também nas falas dos membros do elenco, como uma vítima tentando sobreviver em uma cultura corporativa machista”.

A família argumenta que a acusação seria injusta, pois a marca teria promovido uma cultura de igualdade de gênero, com mulheres ocupando uma série de cargos importantes “exatamente na década de 1980 - o contexto histórico em que o filme se a”.

Apesar de não ter mais envolvimento direto com a grife de luxo italiana - propriedade da companhia sa Kering -, a família Gucci ressaltou sua preocupação em proteger a reputação dos herdeiros da marca.

“Gucci é uma família que honra o trabalho de seus ancestrais, cujas memórias não merecem ser perturbadas em nome de um espetáculo falso e injusto”, criticam.

Sem ações legais anunciadas até o momento, a nota deixa a possibilidade em aberto: “A família Gucci reserva-se o direito de tomar qualquer iniciativa para proteger seu nome e imagem, assim como os de seus familiares."

Na semana ada, no entanto, Ridley Scott rebateu as acusações feitas há vários meses por Patrizia Gucci, prima de Maurizio, de que o filme estaria “roubando a identidade de uma família para gerar lucro e aumentar a receita de Hollywood”.

Em entrevista ao programa Today, da BBC, Scott se posicionou: “Eu não me envolvo com isso. Temos que lembrar que um Gucci foi assassinado e outro foi preso por sonegação de impostos, então não vamos falar sobre lucro. Quando você faz esse tipo de coisa, você se torna parte do domínio público”, defendeu o diretor.

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