Falando com Laura Coates, da CNN, em uma breve entrevista por telefone direto da prisão — onde cumpre uma sentença de 28 anos por um atropelamento fatal em 2015 — Knight disse acreditar que Combs deveria “se humanizar”.

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“Acho que se ele contasse a verdade dele, ele realmente seria absolvido”, disse Knight. “Se ele for lá e disser: ‘Olha… eu usei todas as drogas, não estava no controle da minha vida na época, nem de mim mesmo’ — ele pode humanizar seu antigo eu, e o júri pode lhe dar uma chance.”

“Mas se continuarem mantendo ele sentado, é como se ele estivesse com medo de encarar a verdade”, acrescentou Knight. “Ele deveria apenas ter fé em Deus, levantar as calças e ir lá contar sua verdade.”

Combs declarou-se inocente das acusações, que incluem associação para prática de extorsão, tráfico sexual e transporte com intenção de promover a prostituição. Se for condenado por todas as acusações, ele pode pegar prisão perpétua.

Ainda não está claro se Combs vai testemunhar em seu julgamento. Segundo especialistas, subir ao banco dos réus pode ser uma jogada arriscada para os acusados, pois os expõe a um duro interrogatório cruzado.

Benjamin Chew, advogado que atuou como co-líder da defesa do ator Johnny Depp em seu julgamento por difamação, disse à CNN no início desta semana que a orientação padrão é que os réus não testemunhem — mas acrescentou que pode ser benéfico para Combs se defender e demonstrar arrependimento pelas acusações levantadas pela acusação.

Knight, cofundador da gravadora Death Row Records, ficou conhecido nos anos 1990 por promover o rap da Costa Oeste, em um cenário que havia sido dominado por artistas da Costa Leste. Foi nessa época que sua rivalidade com Combs se intensificou — com suas respectivas gravadoras disputando a liderança, e os dois grupos trocando insultos públicos e músicas provocativas.

A rivalidade atingiu o auge quando Tupac Shakur e Christopher Wallace, conhecido pelo nome artístico The Notorious B.I.G., foram mortos a tiros com poucos meses de diferença. Knight estava dirigindo o carro em que Shakur foi assassinado em Las Vegas, em 1996.

Knight voltou às manchetes nas últimas semanas durante o julgamento de Combs, quando vários ex-funcionários mencionaram a rivalidade entre os dois.

Uma das ex-assistentes pessoais de Combs, Capricorn Clark, disse que Combs certa vez a levou ao Central Park à noite e mencionou seu antigo emprego na Death Row Records.

“Ele me disse que não sabia que eu tinha qualquer ligação com Suge Knight, e que, se fosse o caso, ele teria que me matar”, contou Clark.

David James, outro ex-assistente, relatou um episódio em que ele e o segurança de Combs encontraram Knight em uma lanchonete. Quando Combs soube do encontro, ordenou que James os levasse de volta à lanchonete, levando três armas consigo — mas, segundo James, Knight já havia ido embora quando chegaram.

Knight foi condenado à prisão em 2018 após se declarar culpado de homicídio culposo pela morte de um homem que ele foi acusado de atropelar com sua caminhonete no set do filme “Straight Outta Compton”.

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