O livro, por iniciativa de amigos do jornalista, foi finalizado - lançado quase três anos após o desaparecimento de Dom Phillips.
"Como Salvar a Amazônia" aborda as dinâmicas das políticas na região amazônica, assim como a expansão do agronegócio no bioma, além das dificuldades na preservação do meio ambiente, dos direitos indígenas e da proteção das comunidades ribeirinhas.
A obra mescla o diário de viagem de Dom com investigação jornalística ao mesmo tempo que é um manifesto pela preservação da Amazônia e do meio ambiente. Como salvar a Amazônia? Segundo Dom Phillips, a resposta está na floresta.
O livro também conta com fotos da infância e carreira de Dom, além de um dos últimos registros ao lado da esposa, Alessandra Sampaio, e imagens suas fazendo pesquisa em terras indígenas do país.
"Como Salvar a Amazônia" foi feito com ajuda de Andrew Fishman, Beto Marubo (liderança indígena da comunidade Marubo e integrante da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), David Davies, Eliane Brum, Helena Palmquist, Jon Lee Anderson, Jonathan Watts, Rebecca Carter, Stuart Grudgings, Tom Henningan e Tom Phillips, também correspondente do The Guardian no Brasil.
O livro foi lançado na última semana, no dia 27 de maio, e já está disponível de forma online e nas livrarias do país.
O indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips desapareceram em junho de 2022, na região do Vale do Javari, no Amazonas.
Após dias de buscas, os corpos foram encontrados no dia 15 de junho e depois identificados, nos dias 17 e 18. De acordo com a perícia realizada, Bruno e Dom foram assassinados com armas de caça no dia 5 de junho de 2022.
Após as reconstituições e investigações do caso, a Polícia Federal afirmou que o traficante Rubens Villar, conhecido como “Colômbia”, foi o mandante dos assassinatos.
Pelas mortes do indigenista e do jornalista, foram indiciados Amarildo da Costa de Oliveira, Osney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, após denúncia do Ministério Público Federal (MPF), em junho de 2022. Segundo a denúncia do MPF, Amarildo e Jefferson confessaram o crime, enquanto depoimentos das testemunhas confirmaram a participação de Oseney.
Em outubro de 2023, foi determinado que os três fossem ser levados a júri popular. A defesa dos acusados recorreu e, após a ação, o 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) manteve o julgamento de Amarildo e Jefferson, mas livrou Oseney.
Após a decisão do TRF1, o MPF recorreu ao Superior Tribunal de Justiça para que seja mantido o julgamento de Oseney, numa ação de outubro de 2024. O processo ainda corre na justiça para que Oseney seja também levado à júri popular.
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