Andrei Roman, CEO da AtlasIntel, comentou os resultados da pesquisa e suas implicações para a economia brasileira. Segundo ele, o aumento do IOF pode ser considerado um dos episódios mais graves do atual governo, levantando questões sobre a estratégia por trás dessa decisão.
Roman sugere que a medida pode estar relacionada a uma lógica de gastos com viés eleitoral. "A ideia de arrecadar o suficiente dinheiro para conseguir, de certa forma, impactar as chances de reeleição do próximo ano", explica o CEO, ressaltando que essa prática não é exclusiva do governo atual.
O especialista aponta que governos anteriores também adotaram medidas semelhantes, criando desafios para istrações subsequentes em termos de equilíbrio fiscal. Essa dinâmica, segundo Roman, prejudica a economia de várias formas: "Isso fere bastante a economia, principalmente fere a capacidade do Banco Central de lutar contra a inflação, fere os investimentos que deveriam chegar para o Brasil".
Roman enfatiza que a questão da responsabilidade fiscal se apresenta como um desafio crescente para o Brasil. O ciclo de gastos elevados a cada quatro anos, motivado por interesses eleitorais, deixa uma "herança maldita" para o próximo governo em termos de finanças públicas.
Apesar da revogação parcial da medida, o CEO da AtlasIntel acredita que o episódio deixou um "mau humor no mercado financeiro e uma má impressão, talvez, de por volta mais geral sobre a questão econômica". Essa percepção negativa pode ter impactos duradouros na confiança dos investidores e na estabilidade econômica do país.