Os vendedores agora podem receber descontos de até 40% em seus custos de remessa, seguindo uma estrutura de taxa variável — onde os subsídios de frete do vendedor são determinados com base na reputação, no tíquete do produto e no peso.

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A alteração se aplica ao frete grátis em vendas na faixa dos R$ 79 a R$ 200, com até 30 kg.

"Mais do que os impactos nos lucros e perdas, vemos isso como outro sinal de intensificação da concorrência no Brasil. O aumento do desconto no frete tem como alvo uma faixa de preço de produtos próxima à qual a Shopee parece estar ganhando força [...] Sabendo como o MELI é 'paranoico' em relação à concorrência, essa parece ser uma medida calculada (e de fato correta) para melhorar a competitividade", escreveu o Itaú BBA.

O relatório destaca que a Shopee tem alcançado números impressionantes, enquanto a Amazon reduziu as taxas de recebimento e aumentou os investimentos em logística. Tudo isso com o lançamento do TikTok Shop no país, que apresenta uma "ameaça ao setor".

Em meio a esse cenário, o banco estima que a mudança adotada pelo Mercado Livre impacte em 3% na receita líquida do ano.

Mesmo assim, o relatório contrapõe que as vendas podem aumentar com um custo menor nos fretes, somado à posição forte do Mercado Livre na Argentina.

"A força da Argentina poderia potencialmente compensar os investimentos no Brasil e no México. Embora a nova política de frete possa aumentar a pressão sobre as margens no Brasil, já observada no 1T, destacamos que o forte impulso e as altas margens de contribuição da Argentina podem mais do que compensar isso".

Com isso, o Itaú BBA reiterou a indicação de Outperform para as ações do Mercado Livre, "enquanto mantiver um forte crescimento, ganhar participação no e-commerce e manter carteira de crédito sob controle".

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