Em coletiva de imprensa sobre o resultado do quarto trimestre de 2023, divulgado na noite da véspera, ele não precisou uma meta de payout para este ano, além do mínimo na faixa de 30%, mas acrescentou que "é bem possível que tenha de novo um dividendo extraordinário [anunciado] no ano que vem".

O payout do ano ado ficou em 60,3%, totalizando R$ 21,5 bilhões, com o Itaú anunciando na véspera dividendos de R$ 11 bilhões para 2023, em complemento aos valores de juros sobre capital próprio (J) já declarados para o exercício - R$ 6,2 bilhões já pagos e R$ 4,3 bilhões que serão pagos no mesmo dia que os dividendos, em 8 de março.

"Não olhem esse dividendo extraordinário como um evento isolado", reforçou Maluhy Filho em teleconferência com analistas.

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O Itaú reportou na segunda-feira (5) lucro líquido recorrente de R$ 9,4 bilhões no quarto trimestre, alta de 22,6% em relação ao mesmo período do ano ado, em linha com as expectativas de analistas.

O banco também divulgou projeções para 2024, incluindo previsão de crescimento de 6,5% a 9,5% da carteira de crédito total, que acumulou em 2023 expansão de 3,1%, ante previsão de aumento entre 5,7% e 8,7%.

O CEO do maior banco do país explicou que o crescimento da carteira de crédito total no ano ado abaixo do guidance refletiu efeitos cambiais, chamando a atenção para o desempenho no Brasil, com expansão de 5,7%.

No quarto trimestre, o índice de inadimplência total considerando 90 dias de atraso ou a 2,8% no quarto trimestre, ante 2,9% um ano antes e 3% no terceiro trimestre.

De acordo com Maluhy, a expectativa é de nova redução na inadimplência do banco neste trimestre em pessoa física, uma vez que o Itaú tem produzindo safras de crédito com mais qualidade.

"Isso ajuda a trazer o patamar do risco de inadimplência para outro nível", afirmou.

De acordo com o executivo, olhando para frente, a carteira de renegociação vem amortizando e há espaço para crescer a carteira de crédito no varejo e atacado, com uma boa oportunidade em pessoa física.

No atacado, ele afirmou que as provisões estão adequadas para as informações que o banco tem no momento e sem casos que "acendam um alerta" para o banco.

O CEO também disse que o Itaú tem exposição "absolutamente irrelevante" no caso da Gol, que pediu recuperação judicial nos Estados Unidos.

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