Enquanto isso, o dólar subiu, influenciado pelo avanço da moeda norte-americana no exterior e pela cautela dos investidores em relação ao desdobramento das mudanças no IOF.
O Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, caiu 0,47%, a 138.887,81 pontos, após três altas seguidas, tendo renovado recorde intradiário na véspera. Já os papéis da Azul caíram 3,74%, negociados a R$ 1,03.
Enquanto isso, o dólar à vista subiu 0,87%, a R$ 5,6956 na venda.
Os investidores ainda acompanham o mercado de trabalho brasileiro. O país abriu 257,5 mil vagas formais de trabalho em abril, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Esse foi o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 2020.
Na terça-feira, dados mais fracos do que o esperado para o IPCA-15 de maio fomentaram as expectativas de pausa da taxa Selic no atual patamar de 14,75% ao ano, o que forneceu um impulso para os ativos brasileiros no geral.
No momento, operadores precificam 93% de chance de que os membros do BC deixem a Selic inalterada na reunião de junho. A autarquia já sinalizou, entretanto, que o atual cenário pede a manutenção dos juros altos por tempo maior do que o usual.
"Vemos o Copom com a taxa Selic em 14,75% a partir de agora, com o ciclo de corte de juros mais provável de começar somente no próximo ano, dado o estreito hiato de produção e as expectativas de inflação desancoradas", disseram analistas do Citi em nota.
Notícias fiscais também podem moldar as negociações, já que os agentes seguem repercutindo o anúncio do governo na semana ada de aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com o Executivo recuando de alguns elementos da medida.
No cenário externo, os mercados globais de câmbio tinham pouca volatilidade neste pregão, com os investidores à espera de novidades sobre as negociações comerciais dos EUA com seus parceiros, em particular a União Europeia.
O otimismo tem prevalecido nesta semana após o presidente dos EUA, Donald Trump, recuar no fim de semana de sua ameaça de impor taxas de 50% sobre os produtos europeus a partir de 1º de junho, adiando a implementação para 9 de julho a fim de permitir negociações.
A maior economia do mundo já alcançou entendimentos tarifários com China e Reino Unido. Novos anúncios podem aliviar ainda mais os temores dos mercados sobre os impactos econômicos da política comercial frequentemente errática dos EUA.
*Com informações da Reuters
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