A pressão foi intensificada pela cena global após dados mistos do mercado de trabalho, com a criação de vagas acima do esperado em fevereiro, mas revisão para baixo dos números de meses anteriores. Os números eram esperados pelos analistas, que aram a semana buscando pistas sobre os próximos os dos juros pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA).

Diante destas pressões, o principal índice do mercado encerrou a sessão com queda de 0,99%, aos 127.070 pontos, o pior patamar desde meados de fevereiro.

O resultado faz o Ibovespa fechar a semana com perda de 1,63%.

A pressão interna com Petrobras deu fôlego ao dólar, que subiu 0,95%, negociado a R$ 4,981 na venda, a maior valorização diária desde 2 de fevereiro (+1,04%).

Na semana, a divisa acumulou ganho de 0,55% frente ao real.

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A Petrobras monopolizou as atenções na sessão com a fuga de investidores após o Conselho de istração encaminhar propostas para o pagamento de R$ 14,2 bilhões de investimentos referentes ao quarto trimestre. No ano, o valor distribuído aos acionistas é de R$ 72,4 bilhões, segundo anunciado nesta quinta-feira (7).

A notícia repercutiu de forma péssima no mercado e fez as ações preferenciais (PETR4) caírem 10,57%, enquanto as ordinárias (PETR3) recuaram 10,37%. Na parte da manhã, os papéis chegaram a cair mais de 11%, tirando cerca de R$ 70 bilhões do valor de mercado da estatal. No fim do dia, a perda foi reduzida para cerca de R$ 54 bilhões.

Em coletiva para apresentar resultados, a direção da empresa afirmou que considera a necessidade de garantir o pagamento a acionistas nos próximos anos, que preveem maiores investimentos. O temor do mercado era que o dinheiro fosse encaminhado para outros fins, como investimentos nas operações ou reversão de prejuízos.

A questão de dividendos se sobressaiu ao anúncio de R$ 124 bilhões de lucro líquido em 2023 — o segundo maior da história, mas queda de 33,8% ante o ano anterior.

Dados do emprego nos EUA

A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos superou as expectativas em fevereiro, mas dados de meses anteriores foram revisados para baixo e houve aumento da taxa de desemprego e moderação dos ganhos salariais no mês ado — indícios de algum afrouxamento do mercado de trabalho.

A economia dos EUA abriu 275 mil postos de trabalho fora do setor agrícola no mês ado, mostraram os dados do Departamento do Trabalho dos EUA. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 200 mil vagas em fevereiro, com estimativas variando de 125 mil a 286 mil.

Os dados de janeiro foram revisados para baixo, mostrando 229 mil empregos criados, em vez de 353 mil, conforme informado anteriormente.

*Com informações de Reuters

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