De acordo com a Bloomberg, o objetivo é deixar de ter gás natural russo no bloco em 2027. Essa é mais uma tentativa de tentar romper os laços com a Rússia — país que já foi um dos maiores fornecedores de energia da União Europeia.

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Apesar de todos os esforços para cortar a dependência russa desde a invasão à Ucrânia, o fato de ser mais fácil e barato importar gás natural de Moscou faz com que muitos países continuem a fazê-lo.

É o caso da Hungria, por exemplo, que teima em não alinhar a visão de Bruxelas em relação ao Kremlin. Isto porque encontrar alternativas tem se tornado uma grande dor de cabeça para o país, como para a Eslováquia ou outros.

A União Europeia não está, de todo, tendo o efeito desejado nas restrições à Rússia: o aumento do fornecimento de gás natural liquefeito atingiu um recorde, depois de a Gazprom, maior empresa russa e também a maior exportadora de gás natural do mundo, ter reduzido significativamente a chegada via gasoduto.

Ainda assim, as importações de gás natural da Rússia caíram de 40% para 19% em somente um ano.

Agora, a União Europeia quer dar entrada, em junho, a uma proposta que proíba todas as importações deste combustível em novos acordos com a Rússia, mas também nos contratos já existentes. Medidas que entrariam em vigor já partir do final deste ano e às quais muitos países devem estar atentos.

Veja-se o caso de Portugal, por exemplo, que manteve várias importações de gás natural vindo da Rússia depois de 2022. De acordo com a Direção-Geral de Energia e Geologia, em 2024 foram três momentos diferentes, somando uma importação total de 280.971 metros cúbicos.

O que acontece é que vários países têm contratos de longa duração para importação de gás natural liquefeito. Portugal é um desses casos, embora não se registrem importações em 2025.

O que a União Europeia deve fazer chegar esta terça-feira (7) ao Parlamento Europeu é uma proposta que impeça essas importações, sejam por gasoduto, sejam por via marítima.

O objetivo é ter uma proibição total até 2027, período que dá tempo a Bruxelas para procurar alternativas como Estados Unidos, Catar, Canadá ou países africanos — Portugal já importa gás natural da Argélia, por exemplo.

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