O título de 5 anos alcançou um volume de US$ 1,5 bilhão e foi negociado com um rendimento de 5,68% ao ano. O papel de 10 anos, por sua vez, fechou a negociação com volume de US$ 1,25 bilhão e rendimento de 6,73% ao ano, segundo a fonte e o IFR.
O "initial price talk", referência inicial de preços para sentir o interesse dos investidores, havia sido de 6,125% para o prazo de cinco anos e de 7,125% para o de dez anos.
“O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira”, informou o Tesouro mais cedo nesta quarta-feira ao anunciar a emissão.
A operação foi liderada pelos bancos BNP Paribas, Citigroup e Santander. O resultado será divulgado oficialmente ao final do dia.
Esta foi a segunda emissão externa feita pelo Tesouro neste ano. Em fevereiro, o governo brasileiro captou US$ 2,5 bilhões na emissão de títulos em dólares a vencer em 2035, com rendimento negociado de 6,75% ao ano.
A equipe econômica tem argumentado que os lançamentos de títulos públicos brasileiros no mercado internacional têm a finalidade central de dar referência ao mercado privado de emissão de dívida, sem que o governo dependa efetivamente desse financiamento externo.
Os títulos públicos atrelados ao câmbio representam uma fatia menor da dívida do país, tendo fechado o mês de abril em 4% do estoque, sendo a quase totalidade disso relativa a emissões soberanas. A meta para 2025 estabelecida no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro é que esses papéis representem entre 3% e 7% do total da dívida, mesmo alvo do ano anterior.
Em maio de 2024, o governo pediu ao Senado uma ampliação de US$ 75 bilhões para US$ 125 bilhões do limite máximo de emissão de títulos de dívida pública no exterior, em meio ao plano de ampliação das emissões de títulos sustentáveis.
Na ocasião, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, argumentou que essa ampliação deveria ser consumida em 10 a 15 anos.
Acompanhe Economia nas Redes Sociais