Flávio Roscoe, presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), alerta para os possíveis impactos negativos no setor siderúrgico nacional.
Segundo Roscoe, caso não seja acordada uma condição diferenciada para os produtos siderúrgicos brasileiros, boa parte do parque industrial será afetada, causando danos significativos à indústria.
O presidente da Fiemg ressalta que o setor já enfrenta desafios com a entrada de produtos chineses no mercado brasileiro.
O cenário atual apresenta duas frentes de ataque para a indústria siderúrgica brasileira: a entrada de produtos chineses a preços abaixo do custo no mercado interno e a potencial perda do mercado de exportação para os Estados Unidos.
Roscoe enfatiza que a aposta do setor está em um acordo com os norte-americanos para evitar problemas graves.
Caso as tarifas de 50% sejam mantidas, Roscoe prevê que várias empresas terão que reduzir a produção ou buscar novos mercados, o que é considerado difícil no cenário atual.
A alternativa seria focar na produção destinada ao mercado local, mas isso demandaria maior proteção contra importações consideradas predatórias.
O presidente da Fiemg ressalta que os impactos variam entre as empresas do setor. Algumas possuem operações nos Estados Unidos e serão menos afetadas, enquanto outras, especialmente as focadas na exportação de placas de aço, enfrentarão maiores dificuldades.
Roscoe aponta duas possíveis soluções: a preferencial seria um acordo com os Estados Unidos, e a segunda, independente do acordo, seria uma maior proteção do mercado local neste momento em que o aço está no epicentro da guerra comercial.
Ele também destaca que, apesar dos desafios, a atual conjuntura pode trazer oportunidades em outros segmentos para o Brasil, inclusive no próprio mercado americano.