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MP que cortou R$ 1,3 bi da Lei Aldir Blanc reduziu bloqueio no orçamento, diz secretário

Segundo Clayton Montes, alteração feita pelo governo na legislação está alinhada ao ajuste fiscal que vem sendo elaborado pela equipe econômica

Cristiane Noberto, da CNN, em Brasília
O secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes fala durante entrevista coletiva para detalhar a proposta de orçamento da União de 2025, enviada ao Congresso Nacional na última sexta-feira (30)
O secretário de Orçamento Federal, Clayton Montes fala durante entrevista coletiva para detalhar a proposta de orçamento da União de 2025, enviada ao Congresso Nacional na última sexta-feira (30)  • Brasília (DF), 02.09.2024 - Antônio Cruz/Agência Brasil
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O secretário substituto de Orçamento Federal, Clayton Montes, afirmou nesta segunda-feira (25) que a medida provisória (MP) publicada pelo governo no fim da semana ada, cortando R$ 1,3 bilhão destinado à Lei Aldir Blanc em 2023, ajudou a reduzir o montante bloqueado no orçamento.

Essa mudança foi considerada no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas referente ao 5º bimestre, divulgado na sexta-feira (22).

Segundo Montes, o corte tem o objetivo de aprimorar a eficiência dos gastos públicos e foi uma decisão estratégica para equilibrar as contas do governo.

A medida, segundo o secretário, serviu para “corrigir” as contas públicas no sentido da “melhoria da qualidade do gasto público”.

"É um item de revisão de gastos. A gente observou que as dotações já entregues para os entes subnacionais já cumpriam a necessidade da política para este ano, então houve a decisão de reduzir essa transferência", disse em coletiva de imprensa para comentar os resultados do bimestre.

Ele também reforçou que a alteração feita pelo governo na legislação está alinhada ao ajuste fiscal que vem sendo elaborado pela equipe econômica. De acordo com ele, o texto não seria “compatível” com as novas medidas.

Montes explicou que, dos R$ 3 bilhões reados em 2023 aos entes, cerca de R$ 2,8 bilhões ainda não foram utilizados.

Na última sexta-feira, os ministérios da Fazenda e do Planejamento anunciaram um novo bloqueio de R$ 6 bilhões no orçamento, com o objetivo de cumprir o arcabouço fiscal.

Somados os bloqueios realizados ao longo do ano, o total congelado pelo governo chega a R$ 19,3 bilhões em 2024.

Segundo o relatório, o aumento dos bloqueios foi necessário devido ao crescimento das despesas, especialmente com a Previdência, em comparação ao relatório do 4º bimestre.

O governo destacou que não houve contingenciamento de verbas devido à queda na arrecadação.

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