Marinho volta a criticar alta na Selic e defende início do corte nos juros
As declarações foram dadas em coletiva para comentar os dados de abril do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, voltou a criticar o Banco Central pela alta na taxa básica de juros, hoje em 14,75% ao ano.
“Pelo que vejo, não havia necessidade nem de ter acontecido o último aumento. Na minha análise, não tinha necessidade”, disse o ministro.
Na última reunião, em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, levando a taxa básica de juros a 14,75% ao ano.
Na ata da reunião, o Copom destacou justamente a pressão do mercado de trabalho como um dos fatores que contribuíram para o ciclo de alta.
Na avaliação do BC, a conjuntura atual indica uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.
O ministro do Trabalho discorda da análise do BC.
“Não via necessidade da última nem vejo uma necessidade de ter uma próxima alta. A estabilização tinha que ter começado há três meses, para começar o processo de redução de juros”, disse o ministro.
As declarações foram dadas em coletiva para comentar os dados de abril do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).