A reunião será na tarde desta quarta-feira (27) no Palácio do Planalto.
O pedido para o encontro, segundo apurou a CNN, partiu de Campos Neto. Mas foi Haddad quem intercedeu para convencer o presidente de que o encontro, neste momento, seria importante para reestabelecer relações institucionais.
Desde que assumiu o Planalto, Lula e aliados têm feito duras críticas à política de juros do Banco Central. Haddad é quem nutre a melhor relação com Campos Neto. O presidente do BC e o ministro da Fazenda, inclusive, almoçaram na última quinta-feira (21) e trataram sobre o encontro.
Depois do anúncio da primeira redução da taxa de juros, em agosto deste ano, Haddad elogiou o voto decisivo de Campos Neto para cortar, na época, 0,5 ponto percentual da taxa Selic.
"Ele [Campos Neto] teve um papel importante, evidentemente. Tenho certeza que o presidente do BC votou com o que conhece e domina de economia, é um voto técnico, calibrado", afirmou o ministro na ocasião.
Auxiliares palacianos, no entanto, não apostam na pacificação completa da relação entre Lula e Campos Neto. Mas acreditam que o encontro vai garantir um avanço nesse sentido.
Durante sessão na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (27), Campos Neto foi questionado sobre uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro, antes do Conselho de Política Monetária (Copom) em 4 de maio de 2021, o chefe da instituição afirmou que foi uma reunião "completamente normal".
“Se o Lula me chamar para fazer reunião antes ou depois do Copom eu irei. Hoje eu tenho uma reunião com o presidente. Essa reunião que foi questionada (com Bolsonaro) era para discutir Plano Safra”, disse Campos Neto.