Segundo fontes, Haddad e Mercadante acordaram a manutenção do ree de 60% do lucro líquido do BNDES ao Tesouro Nacional. A Fazenda ficou de apresentar um cronograma para o pagamento de “dividendos adicionais” que o Banco destinará ao governo federal.
O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, já havia confirmado no final de maio que os dividendos a serem pagos ao governo pelo BNDES e pela Caixa Econômica Federal superaram a previsão do Orçamento. A estimativa é de que o pagamento adicional pelas instituições gire em torno de R$ 10 bilhões.
A reunião aconteceu no início da tarde na sede da Fazenda e durou aproximadamente uma hora. O debate sobre os dividendos que ajudarão o governo a perseguir a meta fiscal neste ano ocorre em meio à espera pela apresentação do pacote alternativo às medidas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O ree dos dividendos não foi o único assunto da reunião. Mercadante e Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, apresentaram números do Banco e sinalizaram que a demanda por crédito para infraestrutura segue forte, com expectativa de aprovar R$ 80 bilhões neste ano.
Os representantes do BNDES também destacaram também na reunião com Haddad a demanda por recursos do Fundo Clima, com expectativa de que as aprovações superem R$ 20 bilhões em 2025.