Em entrevista à CNN, Alban revelou que o setor industrial foi pego de surpresa e que não houve qualquer diálogo prévio com o setor privado sobre a medida.
Segundo Alban, a falta de comunicação contrasta com a interlocução que normalmente existe entre o governo e os setores econômicos.
"Em muitos momentos isso [diálogo] não acontece, como o caso do IOF. Não aconteceu nenhum diálogo, fomos totalmente pegos de surpresa", afirmou.
O presidente da CNI alertou para os possíveis impactos negativos dessa medida na economia brasileira e na competitividade da indústria nacional.
Ele argumentou que o aumento da carga tributária pode resultar em perda de competitividade para a indústria brasileira, levando à transferência de empregos para outros países e, consequentemente, à perda de arrecadação.
Alban também expressou preocupação com a coerência da política econômica do governo. Ele elogiou algumas iniciativas, como o bloqueio de R$ 30 bilhões no orçamento, mas questionou se medidas adicionais não seriam necessárias para demonstrar um maior compromisso com a responsabilidade fiscal.
O presidente da CNI ressaltou a importância de não aumentar ainda mais a carga tributária, argumentando que o Brasil não tem mais condições de ar aumentos de impostos.
Ele defende que é preciso encontrar alternativas que não onerem ainda mais o setor produtivo e os consumidores.