Este é o maior avanço para o mês desde 2003, segundo a série histórica do IBGE. Em janeiro, o índice havia desacelerado a 0,16%.

O principal responsável pelo aumento foi o setor de energia elétrica residencial, que registrou crescimento de 16,80% em fevereiro, impactando em 0,56 ponto percentual (p.p.) o índice.

Leia Mais

O IBGE mostra que cerca de 92% do resultado de fevereiro está ligado em 4 dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados: habitação; educação; alimentação e bebidas; e transportes.

Em relação à habitação, que ou de queda de 3,08% em janeiro para alta de 4,44% e teve o maior impacto no índice, a variação se dá por conta de mudanças na conta da energia elétrica residencial.

“Essa alta se deu em razão do fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos em faturas no mês de janeiro. Com isso, o subitem energia elétrica residencial ou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”, explicou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.

Já a maior variação percentual foi observada na educação, que teve alta de 4,70% e impacto de 0,28 p.p. no índice geral. O crescimento é justificado pela sazonalidade da categoria no início do ano.

Gonçalves disse que o crescimento nos preços do grupo é explicado pelos reajustes nas mensalidades escolares praticados no começo do ano letivo, com destaque para ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).

Alimentos e transportes desaceleram

Por outro lado, alimentação e bebidas aram de 0,96% em janeiro para 0,70% em fevereiro. Dentro do grupo, os itens que mais subiram foram o ovo de galinha (15,39%) e o café moído (10,77%). Entre as quedas, destaca-se a batata-inglesa (-4,10%), o arroz (-1,61%) e o leite longa vida (-1,04%).

“O café, com problemas na safra, está em trajetória de alta desde janeiro de 2024. Já o aumento do ovo se justifica pela alta na exportação, após problemas relacionados à gripe aviária nos Estados Unidos, e, também, pela maior demanda devido à volta às aulas. Além disso, o calor prejudica a produção, reduzindo a oferta”, esclarece o gerente do IPCA.

Transportes, com variação de 0,61%, também desacelerou em relação a janeiro (1,30%). O resultado foi influenciado pelo aumento nos combustíveis (2,89%): óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%). A gasolina, por conta do seu peso, exerceu o segundo maior impacto individual no índice, com 0,14 p.p. Apenas o gás veicular (-0,52%) apresentou redução.

Os demais grupos apresentaram os seguintes resultados: artigos de residência (0,44%); vestuário (0,00%); saúde e cuidados pessoais (0,49%); despesas pessoais (0,13%) e comunicação (0,17%).

 

Acompanhe Economia nas Redes Sociais
Tópicos
CNN Brasil MoneyÍndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)Inflaçãopreços
IPCA acelera a 1,31% em fevereiro, maior avanço para o mês desde 2003 | CNN Brasil