Uma leitura acima de 50 indica expansão, enquanto qualquer valor abaixo desse nível mostra contração.

Foi o terceiro mês consecutivo em que o índice melhorou em relação ao mês anterior e foi melhor do que os economistas esperavam. Contudo, é o quinto mês em sequência no qual o PMI contraiu.

De acordo com os dados, a indústria transformadora da China vem contraindo desde abril. Com os números levantados nessa quinta, outras áreas da economia também estão desacelerando.

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O PMI não-industrial, que mede a atividade empresarial nos serviços e construção, ficou em 51 este mês, abaixo dos 51,5 de julho, de acordo com o NBS.

“Os dados do PMI sugerem uma ligeira melhoria na atividade econômica em agosto”, escreveram analistas da Capital Economics.

“Mas a dinâmica econômica global continua fraca e é necessário mais apoio político para evitar um novo abrandamento ainda este ano”, concluiu o grupo.

O crescimento econômico da China vem desacelerando desde o 2º trimestre, quando uma recuperação impulsionada pelo fim das restrições à pandemia desapareceu.

Pequim reconheceu que enfrenta uma recuperação “tortuosa” e anunciou uma série de medidas de estímulo para reacender o crescimento econômico.

As medidas até agora incluem permitir que os governos locais adquiram mais empréstimos para financiar projetos de infraestrutura, reduzir as taxas de juro para reforçar os empréstimos bancários e flexibilizar as regras hipotecárias para reavivar a procura de casas.

Alguns estímulos já podem ter começado a dar frutos este mês, disseram analistas.

Os dados do PMI de quinta-feira mostraram que o subíndice do setor de construção saltou significativamente para 53,8.

O que pode ter refletido no indicador, foi "uma recuperação" na construção de infraestrutura. Pequim vem instruindo os governos locais a aproveitarem suas cotas para financiar projetos, disseram os analistas da Capital Economics.

Consumo doméstico "superando" externo

A procura interna também parece ter melhorado, com o subíndice de novas encomendas à indústria saltando acima de 50 pela primeira vez em cinco meses.

“Devem ser principalmente encomendas internas, uma vez que a série de encomendas de exportação continua em baixa”, disse Robert Carnell, chefe regional de pesquisa na Ásia-Pacífico do ING Group.

A melhora proporciona “algum encorajamento” sobre as perspectivas de curto prazo, acrescentou.

Contudo, o panorama econômico geral ainda não parece muito promissor.

O subíndice da indústria de serviços, a maior fonte de emprego para os jovens, caiu para o nível mais baixo desde janeiro e muito abaixo dos níveis pré-pandemia.

Além disso, a crise imobiliária da China continua se aprofundando. A Country Garden disse na quarta-feira (30) que corre o risco de deixar de pagar suas enormes dívidas depois de registrar uma perda de US$ 7 bilhões (R$ 34,61 bilhões) nos primeiros seis meses do ano.

Veja também: Meta de crescimento da China é de 5% para 2023

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