Atualmente, a maior dúvida é sobre eventuais mudanças na cozinha palaciana. Apesar da cobiça da base sobre alguns ministérios, o presidente não dá sinais de que mexerá em seu núcleo duro.

Para a Secretaria de Relações Institucionais, hoje ocupada por Alexandre Padilha (PT), o nome mais forte na base é o do líder do MDB, Isnaldo Bulhões (MDB-AL), apoiado por Motta e Alcolumbre. Para a Casa Civil, cogita-se o ministro do Transportes, Renan Filho (MDB-AL).

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A Secretaria-Geral da Presidência é alvo entre os próprios petistas que reclamam da atuação de Márcio Macedo. Ao deixar a Secom, Paulo Pimenta surgiu como cotado para ocupar o ministério.

Apesar dos indicativos sobre a reforma, apenas um nome tem sido dado como certo no governo, em um primeiro momento, o de Rodrigo Pacheco, presidente do Senado. Pastas como da Indústria, de Geraldo Alckmin, da Justiça, com Ricardo Lewandowski e, até mesmo, Minas e Energia, do correligionário, Alexandre Silveira são espaços ventilados ao senador mineiro.

No caso de Arthur Lira (PP-AL), como mostrou a CNN, o Palácio do Planalto prega o compromisso do presidente da Câmara com a reeleição de Lula, antes de convida-lo à Esplanada. O PP na Câmara deve pleitear uma pasta a Lira.

Ainda não há uma data para que a conversa entre Lula e os futuros presidentes das Casas ocorra. Segundo aliados, o presidente gostaria de aguardar a eleição do Legislativo antes de iniciar o debate.

Já aliados de Motta e Alcolumbre defendem que o presidente os consulte com antecedência, antes da disputa marcada para o próximo dia primeiro, sob argumento de que apenas o gesto ajudará o governo a começar o ano com menos dificuldade com o Congresso.

Além da cúpula, Lula já sinalizou a ministros da base que deve consultá-los antes de promover as mudanças. Até agora, porém, esses ministros não foram chamados para uma conversa.

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