De acordo com Renata Miele, coordenadora do Comitê, a medida norte-americana não levará o Brasil a recuar em seus esforços de regulamentação das plataformas digitais. Pelo contrário, ela afirma que isso pode "ser a escalada para reforçar a soberania do Brasil e a necessidade de regulamentação das big techs".
Miele ressalta que a decisão terá impactos diferentes em cada país. Ela também esclarece que não há relação entre essa medida e as recentes articulações de políticos brasileiros nos Estados Unidos, como as ações de Eduardo Bolsonaro.
A coordenadora explica que esse movimento do governo americano vem sendo desenhado desde o início da istração de Donald Trump, com as primeiras sinalizações envolvendo Mark Zuckerberg e, posteriormente, Elon Musk, proprietário da plataforma X.
Fontes do governo brasileiro buscam minimizar o protagonismo atribuído a Eduardo Bolsonaro nessa questão. Elas apontam que o movimento é muito mais uma resposta às pressões das grandes empresas de tecnologia, que estão incomodadas com as ações da justiça brasileira e de outros países que buscam regular o setor.
É importante notar que a União Europeia também enfrenta questões pendentes relacionadas à regulamentação das plataformas digitais. O governo norte-americano parece estar adotando uma postura mais assertiva para tentar influenciar as políticas de regulação em diversos países.