Nas principais fashion weeks — de Nova York a Paris, de Milão a Londres — o inglês vai além da comunicação. Ele é o idioma dos contratos, das parcerias criativas, dos negócios de milhões. Ali, o inglês não é apenas falado. Ele é exigido.
Gisele Bündchen, uma das maiores supermodelos da história, é prova viva de que dominar o inglês transforma carreiras. Quando chegou a Nova York, ainda adolescente, Gisele enfrentava um mundo novo — e uma barreira linguística. Em entrevistas, já contou que mal conseguia se comunicar nos primeiros dias nos Estados Unidos.
Determinada, fez da música sua aliada. Andava pela cidade com um walkman, ouvindo repetidamente faixas de Boyz II Men e Mariah Carey. Assim, absorveu vocabulário e pronúncia. “Aprendi inglês com Boyz II Men”, disse, anos depois, à People Magazine. E não apenas aprendeu: dominou.
Esse domínio a levou das runways às salas de reunião. Participou de model castings, negociou campanhas, tornou-se statement piece de marcas globais — e tudo isso sem a necessidade de intérpretes.
Na indústria da moda, falar inglês representa mais do que fluência: representa autonomia. Profissionais que compreendem termos como collection, ready-to-wear, haute couture, fit, accessories e moodboard não apenas entendem o cenário — eles participam da sua construção.
Para modelos, estilistas, maquiadores e fashion stylists, o inglês não é apenas uma ferramenta de trabalho. É a chave que permite ocupar espaços, expressar ideias e contar suas próprias histórias, com autenticidade e propriedade.
Ainda que o inglês seja dominante, a pluralidade linguística continua sendo um trunfo. Falar português, espanhol ou francês amplia o repertório cultural e a sensibilidade criativa. No entanto, não dominar o inglês não pode ser o motivo para que talentos sejam deixados de fora.
Por isso, cabe às instituições de ensino, às agências e às grandes marcas assumirem sua responsabilidade. Incluir inglês nos cursos de moda, oferecer e linguístico e valorizar diferentes sotaques são ações que abrem portas e enriquecem o setor como um todo.
O inglês, afinal, não deve ser um filtro que seleciona quem pode ou não brilhar. Ele deve ser uma ponte — uma ferramenta que dá o, que empodera, que amplia horizontes. Porque a moda não é feita apenas de tendências. É feita de vozes. E toda voz merece ser ouvida — seja qual for o idioma.
Confira o significado de termos em inglês usados na moda: