Jussara Soares
Blog
Jussara Soares

Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, ou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

Depoimento de ex-chefe da FAB gera apreensão em citados em plano de golpe

Avaliação é de que Baptista Júnior tende a ser mais “duro” do que ex-comandante do Exército

Carlos de Almeida Baptista Junior
Carlos de Almeida Baptista Junior, ex-comandante da Aeronáutica  • SO Nery/Força Aerea Brasileira/Divulgação
Compartilhar matéria

O depoimento do ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB) tenente-brigadeiro Carlos Baptista Júnior, nesta quarta-feira (21), no Supremo Tribunal Federal (STF), tem causado apreensão entre os envolvidos nas investigações relacionadas ao plano de golpe de Estado.

Para réus e advogados, o ex-chefe da Aeronáutica deverá ser mais duro que o ex-comandante do Exército general Marco Antonio Freire Gomes, que prestou esclarecimentos à Primeira Turma do STF na última segunda-feira (19).

Na avaliação feita à CNN, Baptista Júnior é mais imprevisível e tende a ser mais direto sobre os fatos.

Uma das maiores expectativas é se o ex-comandante da FAB confirmará o depoimento à Polícia Federal em que disse que ouviu Freire Gomes a dar ordem de prisão para Jair Bolsonaro (PL) se ele insistisse em uma trama golpista.

Essa versão foi negada pelo ex-comandante do Exército na última segunda. O general disse ter alertado o então presidente sobre os riscos jurídicos de seguir com a empreitada.

Em sem depoimento, Freire Gomes adotou um tom mais ameno e evitou falar em golpe. itiu, porém, ter sido chamado pelo ex-presidente Bolsonaro para discutir um documento, a qual ele se referiu como "estudo". O general disse ainda que os "institutos jurídicos" permitiram uma "ruptura antidemocrática".

Durante a audiência, o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, advertiu ao militar por “falsear a verdade” e avisou sobre possíveis contradições no testemunho.