O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nessa segunda-feira (2) os depoimentos de Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus.

O interrogatório começará com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada. O tenente-coronel será ouvido na segunda-feira (9), a partir das 14h.

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Nos próximos dias, os advogados vão rever depoimentos de testemunhas e estudar o processo para traçar a estratégia para o interrogatório no Supremo Tribunal Federal.

O preparo inclui rear com os réus os pontos essenciais que podem ser alvo de questionamentos e treiná-los para as perguntas.

Os réus podem permanecer calados para não se incriminarem, porém, sob reserva, advogados disseram à CNN que devem orientá-los a responder de forma objetiva para evitar que se enrolem nos fatos.

Além de Bolsonaro e Mauro Cid, integram o núcleo central da trama golpista:

Após o depoimento do ex-ajudante de ordens na segunda-feira (9), os demais réus serão ouvidos em ordem alfabética.

O ministro agendou os interrogatórios para terça-feira (10), durante todo o dia; quarta (11) e quinta-feira (12) pela manhã; e sexta-feira (13), durante todo o dia.

Todos os interrogatórios ocorrerão presencialmente na sala da Primeira Turma do STF, exceto pelo general Walter Braga Netto, que está preso. O ex-ministro da Defesa e da Casa Civil está detido preventivamente no Rio de Janeiro desde dezembro do ano ado.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que os integrantes do núcleo crucial são considerados os principais articuladores do plano de tentativa de golpe.

Eles respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

No caso de Ramagem, após ter crimes suspensos pela Câmara dos Deputados, a Primeira Turma entendeu que ele responda apenas pelos crimes cometidos antes da diplomação, suspendendo a acusação por dano qualificado relacionado à violência e grave ameaça contra o patrimônio da União.

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