A ideia é fazer como Donald Trump fez na campanha presidencial dos Estados Unidos, em 2024. O republicano procurou, por exemplo, pela comunidade árabe e avançou no voto entre latinos e jovens.

Para bolsonaristas, esse olhar para outros públicos tem muito a contribuir para que o ex-presidente alimente o cenário eleitoral para o ano que vem, ainda que a inelegibilidade o separe das urnas.

Leia Mais:

Interlocutores próximos a Bolsonaro relatam um "ar amargurado" do ex-presidente da República após a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) e apostam a ficha em mobilizações populares. Até aqui, uma das principais teses trabalhadas é a da perseguição.

O discurso já começou a ser modulado em uma participação nesta quinta-feira (20), no Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal. Bolsonaro citou questões como a crise dos alimentos.

"Eu vi a fala do Trump sobre economia. Ele falou sobre o choque de energia. Sem energia, sem feijão no prato, ninguém vai trabalhar. Sem energia, um país não prospera e ele vai ar por cima de reservas indígenas", disse.

No evento, Bolsonaro citou ainda a picanha e a cerveja, em referências claras a promessas feitas pelo presidente Lula.

"Não tem mais picanha, cerveja, café, ovo, açúcar. Lá atrás tínhamos muita coisa", disse.

Apesar de se colocar como candidato até quando for possível, há uma expectativa de que Bolsonaro aposte no "familismo" e escolha alguém da própria família como sucessor.

Tópicos
Alexandre de MoraesJair BolsonaroPGR (Procuradoria-Geral da República)STF (Supremo Tribunal Federal)