Governo quer discutir cotas comerciais com representante de Trump
Modelo foi estabelecido no primeiro mandato de Donald Trump, evitando sobretaxa sobre produtos brasileiros

O governo brasileiro quer aproveitar a presença da delegação dos Estados Unidos em Brasília para discutir cotas comerciais bilaterais. Segundo apurou a CNN, o assunto deve ser abordado com o coordenador para sanções do governo de Donald Trump, David Gamble.
O Brasil trabalha com a ideia de recriar as cotas comerciais sobre o aço e o alumínio. O modelo foi estabelecido no primeiro mandato de Trump, evitando uma sobretaxa sobre os produtos brasileiros. Durante a agenda, o governo deve reforçar o fato que, diferentemente da China ou do Canadá, a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos é deficitária.
O Ministério das Relações Exteriores, no entanto, afirma que a única reunião prevista com a delegação americana até aqui será técnica e focada em uma discussão sobre segurança pública.
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Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), houve um déficit comercial de US$ 654 milhões para o Brasil no primeiro trimestre deste ano.
Diante desse argumento, o governo norte-americano tem insistido na redução da tarifa de importação do etanol, segundo relatos à CNN. A tarifa do Brasil é de 18%, enquanto a dos Estados Unidos é de 2,5%.
O presidente Donald Trump sinalizou abertura para fechar acordos tarifários até o final de maio.