"Vamos entrar com recursos na CCJ no STF. Na CCJ é um recurso padrão mesmo porque é onde cabe recorrer internamente na Câmara. E no STF vamos alegar que a punição é desproporcional ao fato", disse à CNN a presidente do PSOL, Paula Coradi.

"A punição é imensa considerando vários casos ados com punições menores", complementou.

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Ela também aponta ter havido uma operação do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do atual presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB), para permitir que a cassação ocorresse. Procurados pela CNN, Lira e Motta não se posicionaram.

Glauber foi uma das principais vozes de oposição a Lira na Câmara.

Se a CCJ rejeitar o recurso, o processo será encaminhado para o plenário, onde a cassação deverá receber ao menos 257 votos para ser aprovada.

Glauber é acusado de empurrar e expulsar um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) do Congresso Nacional durante uma confusão em 2024. Na ocasião, o parlamentar chegou a chutar o homem.

Na última semana, o relator do processo no Conselho de Ética, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), leu o parecer que pede a cassação de Glauber, mas a votação foi adiada devido a um pedido de vista (mais tempo para análise).

No relatório, Magalhães afirma que Glauber “extrapolou dos direitos inerentes ao mandato, abusando, assim, das prerrogativas que possui”.

Durante a votação do processo no Conselho de Ética, Glauber anunciou que fará uma greve de fome até que que todo o trâmite sobre sua cassação seja encerrado na Câmara dos Deputados.

O parlamentar também afirmou que ará as noites na sala onde a votação do processo ocorreu.

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