A previsão inicial era de que a declaração só saísse no final da reunião dos chefes de Estado, na terça-feira (19) pela manhã.

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Ali, ainda que a versão final já tivesse amplo aval, poderiam sair sugestões de alterações, segundo relataram à CNN diplomatas brasileiros.

Foi então que se decidiu obter o aval para o texto que circulava com as posições brasileiras em destaque. Em especial, a não-condenação da Rússia pela invasão da Ucrânia.

Como mostrou a CNN na manhã desta segunda-feira, países europeus pressionavam por uma condenação mais assertiva da Rússia, o que gerava divergências e ameaçava o consenso necessário para o texto final.

Ao final, o país comandado por Vladimir Putin sequer foi citado na declaração.

O conflito é mencionado no parágrafo destacando "o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, cadeias de suprimentos, estabilidade macrofinanceira, inflação e crescimento".

Faz referência, ainda, a iniciativas pela paz na região. "Saudamos todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura, mantendo todos os Propósitos e Princípios da Carta da ONU para a promoção de relações pacíficas, amigáveis e de boa vizinhança entre as nações", diz.

Brasil e China elaboraram recentemente uma proposta de paz que foi refutada tanto pela Ucrânia quanto pela Rússia.

Demais intenções de mudar o documento ao longo do dia acabaram sendo demovidos, como a oposição da Argentina a trechos que defendiam a taxação dos super-ricos.

Os argentinos acabaram acatando o texto final, mas com ressalvas.

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