Feldman lembra que alguns tipos de pão de forma, por exemplo, apresentam um teor alcoólico considerável, o que significaria que motoristas poderiam ser punidos em blitze com bafômetro após consumirem algumas fatias.
Além do pão de forma, outros alimentos e bebidas que fermentam no organismo também produzem álcool, como suco de uva e frutas fermentadas (bananas ou maçãs muito maduras).
O kombucha, um probiótico proveniente da fermentação do chá, também entra na lista da produção de álcool. Até mesmo produtos de higiene bucal, como enxaguantes, podem conter álcool.
Embora os sinais de álcool geralmente desapareçam após alguns minutos, surge uma preocupação para Feldman: quantos motoristas podem ter sido indevidamente penalizados por causa de um lanche inocente?
O especialista lembra que o Código de Trânsito Brasileiro de 1996 permitia até seis decigramas de álcool por litro de sangue, limite semelhante ao adotado na maioria dos países europeus e nos Estados Unidos. Essa quantidade equivale a aproximadamente dois copos de cerveja ou uma taça de vinho.
Sendo assim, Feldman sugere que a solução para evitar punições indevidas seja voltar ao limite de seis decigramas de álcool no sangue. Isso permitiria o consumo moderado sem aplicação de eventuais punições indevidas.