Historicamente, os brasileiros resistiram à adoção do câmbio automático, em parte devido à percepção de que este tipo de transmissão aumentava o consumo de combustível. Feldman explica que essa crença, no entanto, só tinha fundamento no ado, quando os câmbios automáticos possuíam apenas três ou quatro marchas.
O especialista destaca que os automóveis atuais estão equipados com câmbios automáticos de seis a dez marchas.
Essa evolução permite que o motor trabalhe sempre no regime ideal de rotações, compensando o pequeno "roubo de potência" causado pelo conversor de torque -- o dispositivo que substitui a embreagem nos carros automáticos.
"Uma coisa compensa a outra", afirma Feldman, explicando que o maior número de marchas permite que o motor opere em sua faixa mais eficiente de rotação, neutralizando o efeito do conversor de torque no consumo.
Feldman conclui que, com a tecnologia atual, os motoristas podem desfrutar da comodidade do câmbio automático sem se preocupar com um aumento significativo no consumo de combustível.
Esta mudança de paradigma representa um marco importante na indústria automobilística brasileira, alinhando-se às tendências globais de conforto e eficiência.
O mercado brasileiro tem demonstrado uma aceitação crescente dos câmbios automáticos.
Há dois anos, as vendas de carros com essa tecnologia superaram as dos veículos com câmbio manual pela primeira vez.
Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 95% dos carros vendidos há muitos anos são equipados com transmissão automática.