A aquaplanagem ocorre quando se forma uma lâmina d'água sobre o asfalto, fazendo com que os pneus percam o contato com a superfície da pista. Nessa situação, o veículo se comporta como um esqui, deslizando sobre a água. O motorista perde completamente o controle do carro, tornando inúteis as tentativas de virar o volante, acelerar ou frear.
Mesmo que o motorista consiga sair ileso de um episódio de aquaplanagem, outro risco se apresenta: a água que molhou o veículo afeta significativamente o sistema de freios.
As pastilhas dianteiras, os tambores e as lonas traseiras ficam encharcados, reduzindo drasticamente o poder de frenagem do carro. Isso significa que, mesmo após ar pela área de aquaplanagem, o condutor pode se deparar com uma situação em que os freios não respondem adequadamente.
Imagine sair de uma área alagada e, 200 ou 300 metros à frente, encontrar um semáforo vermelho em uma esquina -- a falta de freios nesse momento pode ser catastrófica.
Para lidar com a situação de freios molhados após a aquaplanagem, há uma técnica que pode ajudar. O especialista recomenda engatar uma marcha mais baixa, como segunda ou terceira e, simultaneamente, acelerar e frear o veículo. O objetivo não é parar o carro, mas sim forçar o sistema de freios a trabalhar.
Esse procedimento gera atrito e, por sua vez, produz calor, ajudando a evaporar a água acumulada nos discos, pastilhas, lonas e tambores. Ao fazer isso, o motorista reduz o risco de perder o controle do veículo ao tentar frear em uma situação de emergência logo após sair de uma área alagada.
A prevenção, no entanto, continua sendo a melhor estratégia. Reduzir a velocidade em dias chuvosos, manter os pneus em bom estado e evitar áreas com acúmulo de água são medidas essenciais para garantir uma condução segura em condições adversas.