Agora, parte dos recursos arrecadados com multas serão direcionados ao custeio da CNH de condutores de baixa renda. Segundo o Congresso, o o à CNH subsidiada dessa forma é feito por meio do Cadastro Único para Programas Sociais do governo (CadÚnico).

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Além disto, outras emendas também foram aprovadas. Segundo a redação final do Projeto de Lei (PL) 3.965-D/21, será exigido resultado negativo em exame toxicológico para primeira habilitação de motos (A) e carros (B).

Até hoje, esse exame era obrigatório apenas para as categorias C, D e E, voltada a como ônibus e caminhões e motoristas profissionais.

A medida dividiu a opinião entre os parlamentares. Para o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), a exigência do exame para a primeira habilitação é um exagero. "A finalidade original do exame é para motoristas profissionais", afirmou.

Por outro lado, Soraya Santos (PL-RJ) avalia que o custo do exame é menor do que um tratamento, por conta de um eventual acidente de trânsito. “Quanto custa um tratamento de uma pessoa que está no hospital, todo quebrado?", questionou Soraya.

Os motoristas que possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E, precisam apresentar teste toxicológico. • Reprodução: Thomaz Silva/ Agência Brasil
Os motoristas que possuem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D e E, precisam apresentar teste toxicológico. • Reprodução: Thomaz Silva/ Agência Brasil

A medida também é vista como positiva pela população. Segundo pesquisa do instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), 83% da pessoas são a favor do PL.

A aprovacão do exame foi bem recebida pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed). “Os dados demonstram que o exame toxicológico é um dos pilares para a prevenção de acidentes de trânsito. Ampliar sua adoção em todo o ecossistema de mobilidade, nesse sentido, é uma medida que pode salvar milhares de vidas”, explica a diretora-executiva da Abramed, Milva Pagano.

Transferência de veículos eletrônica

Outro tema polêmico também foi aprovado no texto final. A emenda permite a transferência de veículos em plataforma eletrônica, com o contrato de compra e venda referendado por s digitais.

Para realizar a transferência de veículos, a vistoria também ser feita de forma eletrônica. Já a responsabilidade da eletrônica ficará a cargo de regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

A medida, havia sido retirada do texto pelo relator, deputado Alencar Santana (PT-SP) -- contrário à emenda. Contudo, ela foi aprovada na redação final por meio de destaque da oposição. Entramos em contato com o político, mas até a publicação desta matéria, não obtivemos retorno.

O texto final agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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